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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Como é viver em Panorama?

Página em construção devido à continuidade do trabalho ao longo do ano letivo, que incluirá pesquisas, releituras de textos bem como correção das produções dos alunos.
Professora responsável pelo Projeto: Sueli Aparecida Racanelli da Silva.

Embasamento teórico de nosso pensamento profissional.


PROFESSORES INTELECTUAIS TRANSFORMADORES

RESUMO

O trecho abaixo foi retirado na integra e citada a fonte.

A formação cidadã vem sendo destacada como necessária, para que os cidadãos possam contribuir na construção de novos valores calcados na solidariedade, pois as novas relações sociais estabelecidas estão provocando a exclusão social das classes menos favorecidas.

Para que a escola possa formar este novo aluno, ela precisa que seus professores tenham capacidades intelectuais de promover uma prática docente cidadã e transformadora, pesquisando e construindo conhecimentos para a promoção da igualdade.

Este conhecimento deve ser construído de maneira que o professor se torne um pós-formal, capaz de pensar sobre o próprio pensamento, identificando como as relações sociais estão provocando a exclusão social e a dominação.

Os professores devem assumir a postura de intelectuais transformadores, capazes de criticar e transformar a sociedade. Palavras-Chaves: cidadania, pesquisa-ação, pensamento pós-formal, professores e intelectuais transformadores.

INTRODUÇÃO

A sociedade atual exige um novo trabalhador para fazer frente a estas transformações, capaz de pensar e agir de maneira mais dinâmica e eficaz, estando em constante aperfeiçoamento pessoal e profissional.

Com isso a escola é desafiada em relação às situações imposta a formar este novo trabalhador para agir criticamente na sociedade, priorizando a formação de capacidades intelectuais, como forma de prepará-los criticamente para enfrentar as transformações da atualidade.

Nesta perspectiva, a formação cidadã surge como estratégia de formação do aluno como cidadão - critico reflexivo e dinâmico, capacitado intelectualmente e profissionalmente para atender as exigências do mercado, podendo vir a atuar e transformar efetivamente a sociedade.

Para a formação deste novo aluno, cidadão - critico e reflexivo, o professor precisa atuar também de maneira crítica e reflexiva, um professor dotado de capacidades intelectuais, capaz de instigar o pensamento critico no aluno. Para isso o professor deve pesquisar e construir o conhecimento, atuando como um intelectual transformador.

Nesta perspectiva, a escola é concebida como um espaço onde os alunos possam exercer seu papel na construção da democracia social, desenvolvendo a criatividade, sensibilidade e a imaginação, que visa preparar o aluno para o processo produtivo, habilitando um trabalhador ativo e efetivo no exercício da cidadania (KUENZER, 2001, LIBÂNEO, 2003).

Na perspectiva de formação para a cidadania critica do educando o professor deve atuar de maneira intelectual transformadora, sendo para isso um professor que constrói o próprio conhecimento. Para isso, o professor deve tornar-se um pesquisador. Pesquisar é um ato cognitivo, porque ele nos ensina a pensar num nível mais elevado. (KINCHELOE, 1997 p. 179).

Martins (1998 p. 48) comenta que, "durante a pesquisa-ação os sujeitos de pesquisa problematizam, analisam e realizam intervenções nas suas práticas pedagógicas, ao mesmo tempo em que contribuem para a sistematização de novos conhecimentos"

Desta forma alunos e professores ao pesquisarem em conjunto aprendem a criticar, a ver mais claramente, a pensarem em um nível mais elevado. O aluno pode desenvolver uma consciência critica e cidadã, capaz de identificar as forças de opressão que estão ao seu redor. O professor desenvolve maior autoridade sobre o seu próprio trabalho e pensamento.

"A construção da idéia do amanhã não como algo pré-dado, mas como algo a ser feito, o leva a assunção de sua historicidade, sem a qual a luta é impossível (FREIRE, 2000, p 99 in. SCHUENDLER, 2001, p. 130).




  Como é viver em Panorama?

Como é viver em Panorama? Pergunta simples? Há controvérsias. Assim começamos nosso ano letivo com 6 salas de aulas, períodos matutino e vespertino, num total aproximado de 230 alunos de 8ª series e 1º colegial da Escola Estadual João Brásio, em 2011. A grande maioria, adolescentes com idades entre 13 a 15 anos e ainda  alguns com idade de 17 anos.
 A intenção principal da pergunta foi identificar como os jovens vêem a cidade em que moram. Uns por terem nascido aqui, outros, como eu  mudaram-se para cá. Porém, todos moradores com direitos e deveres.

Como leciono a disciplina de Língua Portuguesa, com relação à parte pedagógica, teria material para subsidiar nosso trabalho de artigo de opinião, gênero cobrado nas avaliações oficiais pela secretaria de educação de nosso Estado, como o Saresp.
Nesse gênero textual, a característica básica é opinar sobre algo tendo  amplo conhecimento do assunto que abordará, e nada melhor que falar sobre o lugar onde se  vive. Vale lembrar que essa temática também é sugerida na Olimpíada de Língua Portuguesa e que a Secretária de Educação do Estado de São Paulo, bem como do Brasil inteiro, participa.
Num primeiro momento, fizemos uma socialização de idéias para levantar pontos positivos e negativos a serem observados pelos alunos. Foi sugerido a eles que se posicionassem ora como  moradores ora como turistas, na medida do possível, já que embora a cidade seja a mesma no plano físico, as necessidades básicas diferem de forma contundente dependendo do papel social de cada um Entretanto, no texto, o enfoque dado seria de livre arbítrio.
O que chamou a atenção durante a correção é uma fala maciça: a cidade não pertence a eles – moradores, pois segundo os mesmos, sentem-se excluídos. Em contraponto afirmam, também em sua maioria, que adoram viver aqui. Sendo assim, estariam prontos a propor soluções e o mais relevante: participar  dela como Cidadão Panoramense.
A grande maioria citou como pontos positivos na cidade:  o belíssimo  por –do –sol, a tranqüilidade de cidade interiorana, a facilidade de se locomover pelo comércio, poder andar de bicicleta, as escolas oferecidas, a iluminação de grande parte da cidade, o balneário e falaram com saudosismo dos grandes eventos, sendo os mais citados o Panverão, A travessia no dia 7 de setembro.
Os itens negativos mais citados: falta de postos de trabalho, falta de cursos profissionalizantes,  lixo espalhado pelas ruas, principalmente as  mais afastadas, asfalto em péssimo estado de conservação, calçadas impróprias para o trânsito de pedestre e que dificulta também a circulação dos moradores com algum tipo de deficiência física, número de vagas  insuficiente nos postos de saúde para atendimento à população, praças inadequadas como lugar destinado ao lazer, terrenos com matagal , sem muro e que servem de criadouros de animais, aumento significante de usuários de drogas, bem como delitos ou crimes cometidos em função desse problema, a poluição do Córrego Marrecas que exala odor fétido na maior parte do tempo incomodando a população que reside próximo a ele e também a conservação do balneário,como banheiros ao lixo deixado pelos freqüentadores.
Como segunda etapa do processo teremos o  trabalho  de pesquisa  e análise  que deverá estender-se ao longo do ano, coletando dados, identificando com imagens- fotos- selecionado material  para a produção de um artigo de opinião, e por fim também de suma importância,  a entrega do levantamento às autoridades municipais.

Material este que deverá conter sugestões para melhoria  da  cidade como um  tornando-a assim um lugar prazeroso para viver-se.

Modelo didático do Gênero Artigo de Opinião.


ROTEIRO:



  Seu artigo parte de uma questão polêmica?

  Você colocou o leitor a par da questão?

   Tomou uma posição?

  Introduziu sua opinião com expressões como “penso que”, “em minha opinião”?

 Levaram em consideração os pontos de vista de opositores para construir seus argumentos? Por exemplo: “Para fulano de tal, a questão é sem solução. Ele exagera, pois...”.

   Utilizou expressões que introduzem os argumentos, como “pois”, “porque”?

 Utilizou expressões para anunciar a conclusão, como: “então”, “assim”, “portanto”?

  Conclui o texto reforçando sua posição?

  Verificou se a pontuação está correta?

   Corrigiu os erros de ortografia?

  Substituiu palavras repetidas e eliminou as desnecessárias?

   Escreveu com letra legível para que todos possam entender?

  Encontrou um bom título para o artigo?

Ass. Profª Sueli Racanelli.

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