Exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes: Sempre é hora de denunciar, ligue 100 ou procure o Conselho Tutelar.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Projeto: Como é Viver em Panorama/SP?

Análise do desenvolvimento do trabalho.


Todo novo trabalho traz expectativas. Imagine juntar um amontoado de “novo” em seu trabalho. Pois é, o ano de 2011 foi assim. Cidade nova, escola nova, alunos novos, colegas e amigos de trabalho idem, e por aí vai.

Mas, para não fugir à regra, a gente acredita e segue na caminhada.

Início de 2011 e começo o ano trabalhando em Panorama, lecionando. Meu olhar ainda é de observação, pois para mim a cidade apesar de pequena tem muito a descobrir.

Como premissa do meu trabalho como educadora, acredito na pedagogia da transformação e ninguém melhor que seus moradores – alunos- para dizer o que a cidade oferece de bom e o que precisa ser melhorado, como, aliás, há em qualquer cidade.

O gênero escolhido para essa finalidade, foi artigo de opinião por tratar-se de um gênero em que o autor precisa de um conhecimento mais efetivo do assunto a ser abordado, precisando para isso fazer pesquisa, ler muito, levantar hipóteses, opinar e principalmente ouvir.

Além de que esse gênero é contemplado durante todo o ano no material adotado pela Rede Oficial de Ensino/SP.

Bem, munida dessa intenção e muita coragem, iniciamos nossa conversa perguntando a eles: Como é viver em Panorama?

A enxurrada de pontos de vista, sem tanta argumentação fundamentada foi instantânea.

Percebi claramente na fala deles que gostam da cidade e de morar aqui, porém deixaram explícito que não se sentem valorizados como moradores, já que, segundo eles, a cidade é sempre preparada visando o turista que é atraído pelas opções de lazer que esta lhes oferece.
           
A informação que repassavam era a de senso comum, o que também é comum pela idade e série em que se encontravam: 8ª série e 1ª série Ensino Médio.

Os pontos mais citados, como já informamos anteriormente na abertura do Blog, foi a questão da droga, violência, lixo, prostituição infantil, falta de oportunidade de trabalho e lazer aos jovens.

Nosso segundo passo foi solicitar que redigissem, um Artigo de Opinião, mesmo sabendo que a noção que tinham ainda desse gênero era limitada, novamente pela série em que se encontravam.
 Escreveram o texto, e eu os li; sim, um a um, - em torno de 160 - pontuando o que deveríamos trabalhar ao longo do ano para que pudessem  produzir um texto com mais propriedade, e registrava em cada texto o que o autor deveria observar nas atividades seguintes  para eliminar tal problema encontrado.

As primeiras redações postadas aqui no Blog são exemplos disso, ou seja, giram sempre em torno dos mesmos assuntos: Balneário, Por - do Sol, drogas...

Depois de termos realizado várias atividades e, diga-se de passagem, com muito custo, pois nossa empreitada junto a eles é recente e tudo necessita de um tempo para ajustes, citando aqui alguns: autonomia do aluno com responsabilidade sobre seus atos, envolvimento na atividade principalmente para cumprir as etapas do processo, espaço físico,...; levando-se em conta que apesar de estarem na mesma série/idade, existem variações na maturidade biológica que interferem no resultado da aprendizagem, e tantas outras que pertencem ao universo escolar e que precisariam de inúmeras páginas para serem citadas.

Enfim, no mês de novembro, chegou o momento de verificar o quanto tínhamos avançado, sendo assim produziram  um Artigo levando-se  em conta todo o conhecimento que adquiriram durante o ano.

Aqui vale observar novamente que a mudança de postura foi flagrante, tinham propriedade sobre o que escreviam mesmo sendo um continuum o processo de aquisição de conhecimento, principalmente na transposição para a escrita, pois este é o momento de ordenar os pensamentos.

Os temas foram variando, pois a forma de olhar a cidade já diferencia de antes e a postura com relação a sua parcela de responsabilidade na construção de um espaço melhor para se viver também é visível.

Selecionamos apenas alguns textos para postarmos aqui no Blog, haja vista o número total produzido.

A seguir, trechos de textos produzidos:

- Concentrando cerca de 70 cerâmicas, tem inúmeros problemas: o nível de poluição é altíssimo, trazendo problemas de saúde aos munícipes que são obrigados a conviver com isso diariamente; aos trabalhadores que precisam sustentar suas famílias e para isso  enfrentam esse árduo trabalho,já que faltam postos de trabalho na cidade, e por fim desagrada aos turistas; 

Autores: Jaqueline, Lucas e Edvaldo.

- Um item preocupante para nós, a saúde. Nem o  hospital e nem as Unidades Básicas de Saúde, segundo os moradores que buscam atendimento, não oferecem recursos suficientes para atender a demanda, em casos mais graves os pacientes são encaminhados para outras cidades.

Os exames mais caros são concentrados em Dracena e principalmente em  Presidente Prudente, demorando muito tempo para que seja realizado devido à fila de espera.

Autores: Jéssica, Tatiene, Hauan.

Panorama: o que dizer?

Panorama é uma cidade pequena, não tem muitos empregos. Quem não tem estudo tem que trabalhar em cerâmicas.

Elas são as principais fontes de emprego, mas apesar disso estragam a panorâmica da cidade...

Autor: Alex Dioni.


Nossa cidade precisa melhorar o trecho  entre a rotatória e a entrada da cidade.  É uma pista de mão única, sem acostamento, muito mato nas margens e por isso as placas quase sempre não estão visíveis.


Os pedestres e os ciclistas que precisam percorrer aquele trecho correm riscos de morte devido ao grande fluxo de carros.



E quem mora nos bairros localizados ao lado da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros encontra dificuldade, pois a pista não tem acostamento para fazer manobra com segurança.


Sabemos que a Rodovia  João Ribeiro de Barros é  de responsabilidade do Estado, mas os políticos  do município têm o dever de  solicitar melhorias, requerendo no mínimo coisas básicas: como iluminação, acostamento e passagem para pedestre com segurança, pois a rodovia já faz parte de um  trecho urbanizado, sendo  assim, necessita de trevos para os motoristas fazer manobras com segurança, isso, saindo da rodovia para acesso aos bairros.

Autor: João Henrique

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Árvore ou energia?... E porque não Árvore e energia?

                                               Moro em uma pequena cidadezinha por nome de Panorama.

A temperatura média  oscila entre  30 a 40 graus durante a maior parte do ano e por ficar à margem de um rio, a evaporação é intensa aumentando mais ainda a sensação térmica.



 Mesmo com essa característica, estamos vivenciando um grande problema, que é a poda  adequada de árvores, e mesmo em outros casos, o corte,  sem a reposição.



Os responsáveis afirmam que podam  as árvores por causa dos fios de eletricidade, pois os galhos interferem na rede.

Com relação ao corte, afirmam que é devido às raízes expostas nas  calçadas, ou mesmo por estarem velhas e com risco de cair.


E o mais incrível disso tudo e para agravar a nossa situação, na nossa região estão eliminando as poucas que ainda existem em fazendas e sítios  para plantarem cana de açúcar.
   
 Mas, como vivemos em uma cidade  de clima quente precisamos das árvores para que a temperatura não aumente e não diminua os lençóis freático, correndo o risco de serem extintos em determinadas áreas.


     Entretanto, sabemos que há a preocupação com a segurança da rede elétrica e o abastecimento de energia, e, portanto, a poda de árvores deverá  continuar, mas esta deve ser feita de forma organizada, destruindo o mínimo possível das arborizações e não é o que a população tem visto.

Com relação ao corte – retirada -, os responsáveis devem lembrar que a Lei determina que para cada árvore arrancada duas mudas  deverão ser plantadas.    



Sabemos que uma árvore demora muitos anos para fornecer sombra, mas infelizmente esse é o mínimo que se pode fazer para reparar o dano, para que tenhamos uma melhora na qualidade de vida em nossa cidade.



LEONARDO  ROBERTO   S.   ARAÚJO